Hoje em dia, em encontros de
automóveis antigos, é cada vez mais visível o aumento dos importados. Muitos
antigomobilistas não gostam deste fato, alegando que isso tira o brilho dos
nacionais e ofusca um pouco de nossa cultura neste setor, pois bem, vamos aos
fatos.
A fabricação de veículos nacionais no Brasil se iniciou apenas nos
anos de 1956 /1957, sendo assim, nossos antigos nacionais são relativamente
novos, se comparados a história do automóvel.
Antes disso, no início do século, tivemos alguns conhecidos, como o
Ford T, Chevrolet cabeça de cavalo e até mesmo o tão tradicional e conhecido
fusca, estrela de muitos encontros. Porém, todos eles foram projetados e
fabricados em outros países (alguns nacionalizados anos mais tarde).
A fabricação tardia de automóveis
no Brasil pode ser considerada um dos fatores para a visibilidade dos
importados, mas, podemos também incluir neste argumento, o sucateamento dos
automóveis brasileiros, a falta de cuidados com os carros e até mesmo com as
estradas, causando sérias avarias aos veículos, a falta e alto preço de peças
para reposição e, principalmente a quantidade de carros recolhidos em pátios,
um verdadeiro acervo histórico que está se deteriorando sem o menor cuidado, a
céu aberto.
Carros antigos fazem sim parte da nossa história e cultura, mas, ao
contrário de alguns países, que são conhecidos e tradicionais pela lealdade,
cuidado e conservação desses modelos, o Brasil ainda não tem o hábito e a
facilidade (principalmente para encontrar peças) de preservar e colecionar
esses modelos.
Todos esses fatores atraem a atenção daqueles que tem paixão por antigomobilismo
e que têm poder aquisitivo para efetuar a importação de carros antigos.
Vamos cada vez mais abrir os nossos olhos para a potência
automobilística nacional, conservar nossa cultura acolhendo as antigas
novidades que chegam e valorizam cada vez mais nossos encontros e tomar como
exemplo a cultura de outros países que tem como tradição a conservação de seus
automóveis.
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