domingo, 18 de março de 2012

Prata da casa

Hoje em dia, em encontros de automóveis antigos, é cada vez mais visível o aumento dos importados. Muitos antigomobilistas não gostam deste fato, alegando que isso tira o brilho dos nacionais e ofusca um pouco de nossa cultura neste setor, pois bem, vamos aos fatos.
A fabricação de veículos nacionais no Brasil se iniciou apenas nos anos de 1956 /1957, sendo assim, nossos antigos nacionais são relativamente novos, se comparados a história do automóvel.
Antes disso, no início do século, tivemos alguns conhecidos, como o Ford T, Chevrolet cabeça de cavalo e até mesmo o tão tradicional e conhecido fusca, estrela de muitos encontros. Porém, todos eles foram projetados e fabricados em outros países (alguns nacionalizados anos mais tarde).

A fabricação tardia de automóveis no Brasil pode ser considerada um dos fatores para a visibilidade dos importados, mas, podemos também incluir neste argumento, o sucateamento dos automóveis brasileiros, a falta de cuidados com os carros e até mesmo com as estradas, causando sérias avarias aos veículos, a falta e alto preço de peças para reposição e, principalmente a quantidade de carros recolhidos em pátios, um verdadeiro acervo histórico que está se deteriorando sem o menor cuidado, a céu aberto.
Carros antigos fazem sim parte da nossa história e cultura, mas, ao contrário de alguns países, que são conhecidos e tradicionais pela lealdade, cuidado e conservação desses modelos, o Brasil ainda não tem o hábito e a facilidade (principalmente para encontrar peças) de preservar e colecionar esses modelos.
Todos esses fatores atraem a atenção daqueles que tem paixão por antigomobilismo e que têm poder aquisitivo para efetuar a importação de carros antigos.

Vamos cada vez mais abrir os nossos olhos para a potência automobilística nacional, conservar nossa cultura acolhendo as antigas novidades que chegam e valorizam cada vez mais nossos encontros e tomar como exemplo a cultura de outros países que tem como tradição a conservação de seus automóveis.


Texto:
Equipe Projeto Placa Preta

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